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quarta-feira, 12 de março de 2014

Registro n.º 01 - 12/03/2014

Ouve um tempo que tinha verdadeiro fascínio pela morte, não a dos outros, a minha. Este mistério que ela tem, sua agressividade e, também, as surpresas que trás. Foi por isso que escrevi o poema "Quando eu morrer", naquela época eu ficava horas fazendo nebulização enquanto os garotos jogavam bola na rua. Escutava seus gritos, enquanto aquela fumaça de remédio entrava por minhas narinas. A tosse vinha "como o cavalo do comandante, em trote." Pisoteava meu peito e eu não tinha dúvida: um dia aquela tosse me mataria.

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