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quinta-feira, 5 de julho de 2012

PODE IR


Vai, o vento vai te acompanhar.

As carícias dele são surdas e doces

E as respostas que lhe oferecer

Serão sempre sussurros finos.

Não têm o palpitar da minha voz,

Nem os gritos do meu coração.

Tranquilize um pouco o seu peito,

Saiba que estou aqui.

Eu sempre vou estar...

Como um cadeado

Amarrado nas tranças do seu cabelo.

Se precisa ir

Não me espere.

A rua é cheia de novidades.

Aqui as paredes só têm cores

Quando você chega.

Vou ficar sozinho

Desenhando cartuns em um papel.

Sem música

E sem alimentos.

Ouvindo o som dos aviões

Destelhando a casa.

Vai, até onde puder ir sem olhar

Para trás.

Vou olhá-la seguir indefinida.

Sei que alguma coisa em mim

Mudou o seu olhar.

Não precisa chorar calada...

Meu amor,

Há luz na escuridão!

Uma paz colorida tirou as sandálias

E está perseguindo você.

Na verdade o céu se dividiu em cubinhos

Só para te dizer:

Disfarça esse sorriso

Aqui em casa eu posso ver.

Então, vai sempre em frente

Enquanto o vento te abraça e se estica.

O som dos aviões é lindo...

Vai, pode ir,

A solidão é companheira

De quem fica.

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